Edleusa Camara, nasceu em Guiné Bissau, estuda 3ºano de Jornalismo na Uni –Piaget. Os conflitos no seu país , fez com que ela optasse Cabo-Verde para continuar os os seus estudos.
«O meu grande projecto é voltar para minha terra e implementar junto com as ONG´s trabalhos para acções sociais» |
Uma excelente colega com um futuro promissor na área de jornalismo, Camará deixa transparecer nas palavras ao longo da entrevista, que tem projectos pra a sua Terra Natal.
NI: Porque escolheu Cabo Verde para fazer os seus estudos?
Edleusa Camará: Não foi uma opcção, mas sim, situações que fogem ao nosso controlo.As guerras na Guiné-Bissau, foram um dos principais motivos. Como tenho familiares em Cabo Verde, e a proximidade das nossas culturas, Cabo Verde foi uma alternativa mais viável.
NI: Que motivo a levou para fazer Jornalismo?
EC: Sinceramente jornalismo não é a minha área preferida.Eu gosto de Relações públicas, mas, fazer área de comunicação nomeadamente Jornalismo dá-nos um campo vasto, tanto na escrita, como na interacção com público.
NI: Com a sua carisma, não acha que ser Jornalista é uma mais valia para fazer que o Cidadão tenha mais voz nos Mídia.
EC: Acho que sim, mas eu não gosto de muita confusão e para isso exige muito trabalho.. por isso penso ir para RP, que também tem um campo vasto de trabalho.
NI: Sente-se integrada em Cabo Verde?
ED: Eu me sinto muito bem, em Cabo Verde, tenho bons colegas e os meus familiares me tratem bem.Mas o meu grande projecto é voltar para minha terra e implementar junto com as ONG´s trabalhos para acções sociais.Nos modelos Jornalisticos eu gosto do Jornalismo Cívico, que me obriga a ficar perto dos cidadãos.
«Que dêem mais valor ao ensino em Cabo Verde, pois é um país que proporciona e aposta no ensino e nos quadros Cabo-Verdianos» |
NI: Mudemos um pouco de assunto: Como avalia a Universidade Jean-Piaget em Cabo Verde?
EC:Para mim é uma excelente instituição de ensino. Proporciona condições favoráveis para aprendizagem, tem bom espaço físico.Mas existe um lado que considero negativo; a selecção de professores para áreas específicas:Temos por exemplo a disciplina de atelier de criação, que a meu ver o professor tem dificuldades para lidar com os alunos de Jornalismo.Para mim é uma área sensivel e muito criativa.
NI: De vivências que teve na Guiné, o que consideras muito positivo em Cabo Verde?
EC: Considero que a política em Cabo Verde é democrática, apesar de conflitos, sempre as situações acabam por serem resolvidas sem guerras. Falo concretamente nas corridas às Presidenciais que a maioria chama de “crise”, mas a meu ver é um sinal da democgracia. Cabo Verde é um exemplo na África Ocidental
NI: Como aluna, que sugestões e dicas para seus colegas?
EC: Que dêem mais valor ao ensino em Cabo Verde, pois é um país que proporciona e aposta no ensino e nos quadros Cabo-Verdianos .Que deixem para fazerem Pós-Graduação fora, como forma de ter novos contactos e conhecimentos.
Fonte: Edlesa Camará
Texto-Fotografia:Candida Barros.
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