sexta-feira, 7 de março de 2014

DE VOLTA À ORIGEM" PANO DE TERRA"


Sónia Tavares, jovem cabo-verdiana que aposta fortemente no produto típico nacional: pano de terra, que outrora constituiu base de auto-sustento de Cabo Verde





A sua criatividade é inata.Sorridente, inovadora, sempre a projectar para que a vida não lhe pregue surpresas. 



Empreendedorismo, é o verbo que domina a família de Sónia Tavares. 


Cândida Barros
Jornalista

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Pano terra faz sucesso no CVMA

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Desenho e moda duas vertentes da arte que me fascina


Sónia Tavares, natural da Cidade da Praia ilha de Santiago, signo sagitário o que a torna numa mulher misteriosa e determinada.

Sónia Tavares (risos) – desenho e moda duas vertentes da arte que sempre foram as grandes paixões da minha vida. Desde infância eu fazia reciclagem nas roupas. Os meus brinquedos foram sempre máquina e utensílios de costura. Eu pegava em pedaços de tecidos e confeccionava roupas para minhas bonecas.
 Mais tarde comecei a reciclar T-shirts, bolsas e outras peças de roupas.
Quando fui estudar no Rio de Janeiro – Brasil, descobri cola para tecidos e vi que era muito mais prático, pois, leva-se muito menos tempo, em comparação com a costura à máquina.
As peças que mais gosto de explorar são as T- shirts e pano djila (pano típico africano). Com arte e estética consigo adaptar T-shirts a tamanhos e modelos diferentes, sem se pôr em causa a silhueta feminina.

Lf - Porquê esta paixão pelo djila e pano de terra?

Criaçáo Sónia Tavares
 Eu gosto de trabalhar com este pano. Para além de ser bonito tem a ver com a nossa identidade. Eu, antes de desenhar o vestido, tento estudar as estampas dos tecidos, e adaptá-las ao estilo de roupas, desta forma o traje ganha outra vida.

ST – Foi através de uma reportagem feita pela Nha terra nha cretcheu. A equipa de CVMA viu o meu trabalho na RTP África e me convidaram para vestir a apresentadora do evento.

ST – Fiquei super feliz e com um pouquinho de receio! Porque a priori não se sabe as opiniões das pessoas. Mas desde início busquei sempre fazer uma roupa que satisfaça a pessoa que vai usá-la.
O objectivo era fazê-la sentir-se sexy, feminina e bonita. E consegui. Isso foi um grande reconhecimento pelo meu esforço e dedicação.

FL – Sentes vaidosa por isso?
ST – Vaidosa não! Sempre que me surgem oportunidades fico com medo, mas como gosto de desafios entro na luta e tento sempre inovar. O que busco é uma conciliação
entre o pano djila o feminino e o moderno.

ST – (risos) segredo? Ainda busco um segredo! não tenho nenhum …(risos), gosto de moda, inspiro em muitas formas que vejo na natureza e nalguns estilistas de actualidade. Apesar de djila ser um pano cheio de estampas, eu procuro um estilo super feminino que valorize o corpo, independentemente, da pessoa ser magra ou gorda, cada um tem a silhueta própria. Segredo é buscar o que gostamos e tentar fazer cada vez melhor.
LF

LF – Tem algum segredo especial?

FL – Qual foi a sensação de ver o teu nome como Estilista num Directo Internacional?

LF - Como é que conseguiste entrar como estilista no CVMA (Cabo Verde Music Awards)?

Fashion Look – Além do teu lado pela arte arquitectónica, qual é outro fascínio?

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Cidade da Praia Acolhe o Fórum Internacional das Agências de Notícias



Fotografia-: Cândida Barros


Decorreu hoje na cidade da Praia o fórum Internacional das Agências, uma iniciativa da Inforpress- Agência de notícias Cabo-verdiana.
 A mediatização dos médias- As Agências de Notícias enquanto mediadoras da verdade e a informação eleitoral, o papel das Agências de notícias nas sociedades democráticas foram temas que aqueceram a plateia representada pelas Agências de notícias Lusa, Angop, Inforpress, Reuters, France Press e Agência chinesa, Jornalistas e estudantes de Comunicação.
Críticas não faltaram aos médias Cabo-verdiana que não pautam na prestação de um serviço público.
Com esta acção a Inforpress mostrou que  quer apostar na qualidade e prestação de uma informação com Credibilidade, rapidez e amplitude de notícias.
Cândida Barros


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Cabo Verde: Webjornalismo ou Jornalismo Online?


Depois duma análise aos jornais online nacional, (A Nação, ASemana, Expressodasilhas e Liberal), constatou-se uma predominância do modelo digital, que corresponde à 3ª fase do jornalismo online na visão de Cabrera Gonsalez .Os conteúdos são transpostos da Imprensa escrita para os meios online, isto é os textos apresentados nos jornais impressos são semelhantes aos dos que são divulgados no online.

As noticias ainda não têm “link”, o que dificulta a leitura não-linear das notícias, que é uma das características do Web jornalismo, principalmente quando se quer fazer um cruzamento de informação.

 O layout adequa-se ao meio online, ou melhor dizendo, existe uma linha editorial ( cada coluna debruça sobre um tema específico).

Ainda há actualizações das notícias e a divulgação da de última hora.  Os utilizadores podem comentar as publicações e, possivelmente darem as suas opiniões sobre os acontecimentos.

Numa outra perspectiva, a de Canavilhas que restringiu o processo em duas fases: O jornalismo online , onde se enquadra a imprensa online em Cabo Verde, se se levar em consideração a forma como é estruturado os conteúdos das notícias.   Persiste  ainda a transposição dos mesmos conteúdos levando as suas características para o meio online, tanto nos jornais como na rádio e na TV.

Uma breve confrontação com o Globo online, onde já existe o Webjornalismo, por se fazer uso dos meios multimédia, som, vídeo, fotografias, infografias entre outros, que se insere na 4ª fase do González e 2­ª  de Canavilhas. Por outras palavras, o site que serviu de exemplo faz o uso das características do Web jornalismo, sobretudo a interactividade e a “possibilidade de trocar o seu roteiro de leitura”.

Cândida Barros
Dilma Cardoso

 

quinta-feira, 30 de junho de 2011

“Jornalistas e Forças Armadas na busca de consensos


Fotografia:Cândida Barros
Novos desafios e melhor consolidação entre os Militares e a Média Cabo - Verdiana, fez reunir na cidade da Praia hoje 8 de Abril, no comando da 3ª região Miliatar Qudros das Forças Armadas , Jornalistas, estudantes e professores universitários.
Vàrios foram os paineis  debatidos ao longo do seminário : "O Relacionamento entre Militares/Media" pelo Tenente - Coronel, Jorge Martins Andrade; "As Forças Armadas de Cabo Verde. Cooperação Civil-Militar" pelo Major, Domingos Lima Rocha; "Conflito e Linguagem Jornalística: A neutralidade é possível?" pelo professora da Universidade de Santiago, Margarida Ladeira e; "Referências Doutrinárias, Terminologias e Conceitos Militares para Jornalistas" por Amílcar Silveira Pires, são os temas a serem abordados.
Fotografia:Cândida Barros

O seminário que teve como moderadores:O director da RCV, Carlos Santos; major Casimiro Moreno Tavares; capitão José António da Graça; professor da UniPiaget Wlodzimierz Szymaniak.

Foram feitas algumas demonstrações  de Armas Pesadas e Ligeiras e visitaa às Instalações do Comando da 3ª Região Militar.

Cândida Barros

domingo, 26 de junho de 2011

2001- 2011 10 Anos da Uni-Piaget em Cabo Verde



Texto-Fotografia: Cândida Barros
A Universidade Jean-Piaget em Cabo Verde comemora dez anos.Várias foram as actividades levadas a cabo. Aproveitou-se a ocasião para a inauguração da mediateca , favorecendo assim, melhores condições aos alunos que frequentam esta instituição.
Texto-Fotografia:Cândida Barros
 Durante dois dias, os alunos de análises clínicos fizeram a recolha de sangue com o objectivo de diagnosticar doenças como o HIV,Câncer de mamas aos alunos e familiares.

Fotografia:Candida Barros

Uma parceria entre a Uni-Piaget e uma ONG, que tem feito trabalhos para prevenção destas doenças que mata milhares de pessoas no mundo.
Um apelo respondido em massa.



Texto: Cândida Barros

sexta-feira, 24 de junho de 2011

«Poluição Ambiental Pode Provocar Catástrofe em Cabo Verde»


 


  Cabo Verde, um pais de origem vulcânica situa-se a 640 km de Dakar Senegal. Constituida por dez ilhas atlânticas, e devido a sismos cíclicos, o risco de um tsunami preocupa alguns Cabo- verdianos. Por isso Nós identidade resolveu ouvir  Mota Gomes doutorado em hidrogeologia, e sua equipa Bila Santos e Celestino Afonso ambos geólogos, que por iniciativa própria criaram  um gabinete de pesquisas na prainha na cidade da Praia.



 A pedido da Protecção Civil Cabo-verdiana, encontram-se actualmente a trabalhar num projecto sobre os riscos vulcânicos, sismicos e hídricos. O trio já percorreu quase todas as Ilhas  e dizem:  «conhecemos o vulcão do Fogo como a palma das nosssas mãos»
Nós Identidade: Qual é o risco de um Tsunami em Cabo Verde?
Bila Santos : Na verdade ainda não conseguimos identificar um risco a olho nu, o que se sabe é que o risco de tsunami está associado ao sismo localizado no mar, e isso pode ocorrer devido à energia libertada. Em Cabo Verde, normalmente os  abalos sísmicos ocorrem na sua maioria na Ilha Brava, por causa da movimentação do magma que não está muito associado à tectónica de placas, sendo assim, não temos em termos científicos uma grande probabilidade de tsunami comparativamente às outras regiões.


NI: O que significa tectónicas de placas

:
Fonte:http://www.netxplica.com/manual.virtual/

BS : É um termo científico que tem a ver com as placas existentes no planeta. Como sabemos o planeta é um puzzle, constituído por placas. Existem grandes placas como a Americana a Eurasiática, a Africana, a da Antárctida mas também existem muitas outras placas de enormes dimensões, elas afastam-se ou deslizam entre si é este afastamento, colisão ou deslizamento que provocam os sismos.

NI: Não corremos o risco idêntico ao do Japão?

Fonte: euronews.net

BS: Não, porque Cabo Verde fica numa zona intra-placa e isso dá-nos o benefício de não corrermos este risco. O Japão encontra-se no limite de três placas: a eurosiática, americana e a de filipinas.
NI: A pouca cultura ambiental em Cabo Verde pode contribuir para uma catástrofe no país?
Celestino Afonso - Geólogo
Celestino Afonso: Os ricos que estamos a vivenciar neste momento de uma forma geral, são provenientes das acções humanas, através de poluições, que provocam o aumento da temperatura mundial, que de uma forma directa ou indirectamente influenciam nas mudanças climáticas. Posso dizer que um pouco se acontece por todo mundo em termos de erupções vulcânicas, tsunamis e de chuvas intensas. 


NI: Como um país Vulcânico, existe alguma previsão sobre erupções?
BS:  Em termos de risco vulcânico é óbvio. Temos um vulcão activo em Cabo Verde, o da Ilha do Fogo, a sua última erupção aconteceu em 1995, seguida de perto pelo Doutor Mota Gomes, que, possui toda documentação. Já se fez um estudo e estamos por dentro dos eventuais riscos que possam ocorrer.


NI: Têm apoio do Governo para levar o projecto adiante?


Mota Gomes-Doutorado em Hidrologia

Mota Gomes: Fazemos isso por nossa conta e risco.
Reunimos todas as quintas feiras, graças à boa vontade que temos. Mas de ajuda praticamente nada.

NI: Tentaram alguma vez?
MG: Até demais. Já nos dá vergonha de bater às portas para  dizer que a gente precisa deste trabalho! Sinceramente até este momento muito pouco ou quase nada recebemos de apoio. Ultimamente temos estado a tratrabalhar nos recursos hídricos, vulcanismos e sismologia e a população do pais já começa a perguntar coisas, é preciso trabalhar, e temos pessoas capazes de fazer isso. Nós vamos fazendo a nossa parte, mesmo sem dinheiro fazemos o possível para prevenção.
NI: Quais os riscos mais evidentes em Cabo Verde?
CA: È bom salientar os riscos mais evidentes em Cabo Verde: temos riscos sísmicos, vulcânicos, enxurradas e inundações decorrentes das chuvas. Não temos grandes chuvas mas quando acontecem devido à nossa orografia muita água vai para o mar.

Outra fragilidade são as construções não urbanizadas que dificultam e muito.
 Podemos falar em erupções vulcânicas, mas, não existem histórias de tsunamis que tem atingido Cabo Verde, mas não estamos imunes disso vir acontecer dado a inúmeras situações que têm acontecido ao longo do tempo. Mas como disse o meu colega estamos numa zona privilegiada onde o risco é mínimo. Mas sabemos que nada é previsível. Da Natureza pode-se esperar tudo.
NI: Outra preocupação é também a invasão do mar com apanha de areias. Não põe em causa a agricultura em Cabo Verde?

«o apanhar dessas areias no desembocadura dos vales, ocasione a que não se tenha uma defesa contra a entrada de agua do mar para o interior da terra, que cientificamete chamamos de contaminação salina » 

MG: Isso tem criado um mal maior e bastante grave no pais, não se tem feito seguimento das apanhas das areias , e  água doce está a ser contaminada pela entrada de água do mar,  denomidada de intrusão salina. Temos o exemplo da Ilha de Santiago na localidade de Ribeira Seca que a água do mar entrou já 4 quilómetros por terra adentro porque não há  um controlo rigoroso: o outro caso é a ilha do Maio onde várias zonas já se encontram contaminadas por causa disso.Essas duas ilhas principalmente as de Santiago e Maio servem de exemplo que se está a fazer extracção de areia que não se devia fazer por ser contra ambiente. Se não houver um controlo rigoroso dá broncas.
NI:  Que recursos ambientais existem no nosso  País?

Fonte:thiagoazeredogeomorfologiageral.blogspot.com
BS: Relativamente ao ambiente Cabo Verde tem muitos recursos, o que falta é aproveitá-los de uma forma sustentada. Em Santiago temos um património geológico, existem cerca de 50 cones de piroclásticos ( montes de jorras), não há uma supervisão na exploração, os cones ficam esburacados e com perigos para quem faz essas extracções.Temos que apanhar areia de uma forma controlada que não ponha em causa o ambiente, com a intrusão salina não temos agricultura. Em S. Vicente a apanha da areia na praia de lazareto também não tem sido vigiada o que tem causado mortes sistemáticas.
NI: A quem cabe esse controlo?
MG: Cabe ao Instituto Nacional de recursos Hídricos que neste momento é responsável pelas águas  subterrâneas, residual   tipo de águas, o resto cabe ao Ministério do ambiente..
Artigos relacionados;
Erupçao vulcânica em Cabo Verde


Texto-Fotografia: Cândida Barros